C.S.B.S. – 41 anos

Sentia uma certa rigidez no abdômen ao tocar, mas a prática de atividade física fazia supor que era parte da formação de um “tanquinho”, como se diz. Em cerca de um ano foi ficando ainda mais rígido, disforme e abaulado para a direita. Visualmente parecia uma gravidez no terceiro ou quarto mês (posteriormente soube que meu útero estava com tamanho compatível com uma gravidez entrando no quinto mês!). Foi aí que as buscas na internet retornaram o diagnóstico para os meus sintomas: miomas. Cheguei ao site da Drª Lindalva através destas buscas e profetizei: É isso que eu tenho e a embolização das artérias uterinas é o método de tratamento a que vou me submeter! Bom, agora teria que procurar auxílio médico e saber o que de fato estava ocorrendo, pois até aí eram as minhas leigas suposições e convicções. O resultado do primeiro exame foi assustador; com as 3 dimensões do maior mioma fiz um paralelepípedo com papel de revista, medindo 10cmx9,4cmx6,7cm! A gineco encaminhou para o cirurgião e este confirmaria as previsões que ela havia dado; deste tamanho, somente extirpação total, útero e miomas (pois havia mais uns 5, além do maior, subserosos e intramural). Perguntei sobre a embolização como forma de tratamento e obtive como resposta que “Isso se faz em São Paulo!” e desconsiderou a possibilidade de tratar por este método. Como eu já tinha lido sobre o assunto, disse: Não, isso se faz em Porto Alegre! Fiz os exames pré-operatórios. Mais que a retirada do útero, preocupavam-me a cicatriz que deixaria a cirurgia (pois o médico já havia avisado que não seria corte de cesariana, seria maior por causa do tamanho do mioma), o tempo necessário para recuperação frente a um método tão invasivo (bem como os riscos normais, infecção hospitalar, etc), além dos danos psicológicos que poderiam surgir pelo fato de estar mutilada e incapacitada para a maternidade, ainda que não esteja em meus planos ter filhos. Será que nunca mais eu usaria um biquíni? Decidi que só desistiria da embolização se fosse convencida por um profissional competente, através de argumentos fundamentados, de que não seria possível para o meu caso. De posse de meus exames preliminares, marquei uma consulta com a Drª Lindalva. Extremamente atenciosa e sem pressa no atendimento (algo raro em médicos), explicou-me sobre o tratamento, os exames necessários e o acompanhamento posterior. Então solicitei referência de ginecologista que conhecesse o método de tratamento e que tivesse indicado a alguém, a fim de que avaliasse o meu caso. Escolhi um dos dois nomes sugeridos e fiquei feliz por saber que a opinião desta 3ª gineco ia de encontro com o que eu desejava como tratamento. Alguma insistência junto ao plano de saúde e pronto. Foi marcado o procedimento. A incisão foi mínima e não deixou nenhuma marca. Passado o desconforto das primeiras horas (sede, um pouco de enjôo e uma dor suportável, controlada com medicamentos), voltei para casa no dia seguinte. Combinamos que eu ligaria, se necessário, mas tudo correu bem e surpreendeu-me a ligação da Drª para saber notícias. Passados os 6 meses, fiz os exames de controle e constatamos a ótima evolução do tratamento. Um ano após, com novos exames, sinto-me ótima e estou tratada! Espero que o meu depoimento ajude pessoas que passam por situação similar. É importante questionar, buscar as informações e participar das decisões sobre a opção de tratamento a ser adotada. Imaginem quantas mulheres jovens perdem o útero desnecessariamente? A Drª permanece tão atenciosa e amável quanto na primeira consulta, louvável a competência, o interesse e a disponibilidade em nos ouvir; já não somos simples pacientes, passamos a ser parte ativa e participativa sobre o que ocorre com o nosso corpo, desde o diagnóstico até o final do tratamento. Uma rara lição de respeito. Parabéns e obrigada Drª Lindalva!
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