Mioma Uterino

O mioma uterino, também chamado de fibromas ou leiomiomas, são formações nodulares que se desenvolvem na parede muscular do útero. Dependendo da sua localização, tamanho e quantidade podem ocasionar problemas em algumas mulheres.

Tipicamente, os sintomas melhoram após a menopausa, quando o nível de hormônios femininos diminui na circulação sanguínea.

Entretanto, mulheres que nesta fase utilizam reposição hormonal, os sintomas podem continuar a aparecer.

O tamanho dos miomas pode variar desde pequeno a grandes formações que simulam uma gravidez de 5 ou 6 meses.

Os miomas são formados a partir das células do tecido muscular da parede uterina chamado miométrio. Podem ser vários ou um único mioma. A estatística mostra que uma em cada 4 a 5 mulheres podem desenvolver o mioma. Já na raça negra aparece numa proporção 3 vezes maior. Aparecem geralmente em torno dos 30 a 40 anos de idade e diminuem com a menopausa.

Alguns miomas não requerem tratamento, porém quando causam algum sintoma, devem ser tratados.

Tipos de Mioma Uterino

mioma uterino

1. Subserosos: que se localizam na porção mais externa do útero e geralmente crescem para fora. Este tipo de mioma geralmente não afeta o fluxo menstrual, porém, podem tornar-se desconfortável pelo seu tamanho e pressão sobre outros órgãos da pélvis.

2. Intramurais: que crescem no interior da parede uterina e se expandem fazendo com que o útero aumente seu tamanho acima do normal. São os miomas mais comuns e geralmente provocam um intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso.

3. Submucosos: que se localizam mais profundamente, bem abaixo da capa que reveste a cavidade uterina. São os miomas menos comuns mas provocam intensos e prolongados períodos menstruais.

Opções de Tratamento

A maioria dos miomas não exige tratamento, se a paciente não apresentar nenhum dos sintomas descritos, pois os miomas são lesões benignas.

1. Tratamento Clínico

A terapia medicamentosa é o primeiro passo no tratamento. Medicamentos que auxiliam a coagulação, antiinflamatórios não hormonais ou compostos hormonais podem ser usados nesta fase e, na maioria das vezes, são suficientes para controlar os sintomas sem precisar de terapia adicional. Alguns compostos hormonais apresentam certos efeitos colaterais e outros riscos, quando utilizados a longo prazo e, por isso, geralmente, são indicados temporariamente. Deve-se salientar, que os miomas geralmente voltam a crescer quando a terapia medicamentosa é descontinuada. Quando o tratamento com medicamentos falha o próximo passo é tentar uma terapia mais invasiva.

2. Embolização da Artéria uterina

Este novo procedimento não cirúrgico consiste na introdução de um pequeno tubo plástico de 2 milímetros denominado cateter ma artéria que passa pela virilha. Este cateter será conduzido por dentro das artérias até alcançar as que se dirigem para o útero e os miomas. Nesta posição são injetadas pequenas partículas plásticas que ocluem a passagem de sangue para o mioma causando o seu encolhimento.

Ver mais detalhes no item Embolização

3. Miomectomia

É um procedimento cirúrgico que remove somente o mioma, não todo o útero, preservando assim a capacidade da mulher para engravidar. Há várias técnicas para realizar a miomectomia, que incluem: a via histeroscópia, a via laparoscópia ou a via abdominal.

3.1. Miomectomia por via histeroscópia

É utilizada somente para extrair os miomas que se encontram por debaixo da camada interna do útero e se exteriorizam para a cavidade uterina. Não se requer qualquer incisão cirúrgia. O médico introduz um tubo flexível chamado histeroscópio através da vagina e colo uterino e com instrumentos apropriados extrai o mioma. Este procedimento é realizado geralmente de forma ambulatorial e com anestesia.

3.2. Miomectomia Laparoscópica

É utilizada para extrair miomas que se encontram na porção externa do útero. Pequenas incisões são realizadas na parede abdominal por onde são introduzidos uma micro câmara de vídeo e instrumentos apropriados para realizar a extração do mioma. Este procedimento é realizado com anestesia geral.

3.3. Miomectomia abdominal

É um procedimento cirúrgico formal que consiste na realização de uma incisão na parede abdominal para aceder ao útero e uma outra incisão no útero para extrair o mioma. Após a retirada do mioma do útero é suturado. Esta cirurgia requer anestesia geral e geralmente vários dias de hospitalização. A miomectomia é frequentemente bem sucedida para controlar os sintomas, porém, quanto maior número de miomas tiver no útero, menor sucesso terá a cirurgia. Adicionalmente, os miomas podem voltar a crescer alguns anos após a miomectomia.

4. Histerectomia

Aproximadamente 1/3 das milhões de histerectomias realizadas anualmente no mundo todo são devidas a mioma uterino. Histerectomia é a remoção cirúrgica do útero que pode ser realizada por via vaginal, laparoscópia ou abdominal como é mais convencional. Este procedimento cirúrgico requer anestesia geral, demanda três ou quatro dias de hospitalização e quatro a seis semanas de recuperação. A histerectomia atualmente é feita, em último caso, quando há complicações severas para a mulher.

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